03/11/2021 às 15h47min - Atualizada em 03/11/2021 às 15h47min

Novembro Azul: “Cuide do que é seu” é o tema deste ano para conscientizar os homens

No Brasil os homens vivem, em média, sete anos a menos do que as mulheres e têm mais doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevada

Brasil 61
O Brasil está comemorando 10 anos de celebrações do movimento Novembro Azul. Foto: Shutterstock
O mês de novembro marca um momento de conscientização para que os homens cuidem da própria saúde. Esse é, resumidamente, o objetivo da campanha do Novembro Azul - que no Brasil está comemorando 10 anos de celebrações. O movimento Novembro Azul teve origem em 2003, na Austrália, com o objetivo de chamar a atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças que atingem a população masculina. 

No Brasil, o movimento chegou por meio dos esforços do Instituto Lado a Lado pela Vida, uma organização social que se dedica simultaneamente às duas principais causas da mortalidade - o câncer e as doenças cardiovasculares - além do intenso trabalho relacionado à saúde do homem. 

A diretora de relações institucionais e internacionais do Instituto Lado a Lado pela Vida, Fernanda Carvalho, explica que a importância do Novembro Azul é a de “chamar o homem para sua responsabilidade, que ele precisa se cuidar. Tem que romper o paradigma de que cuidar da saúde é coisa da mãe, coisa da mulher. Todo mundo tem que se cuidar, por isso, neste ano em que completam 10 anos que a gente comemora o novembro azul, o tema da campanha é ‘Cuide do que é seu’. Pois ninguém melhor do que você para cuidar de si próprio”, destacou. 

No Brasil os homens vivem, em média, sete anos a menos do que as mulheres e têm mais doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevada, segundo informações da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). E com o avanço de pesquisas e estudos, está se comprovando que a saúde, além da relação com a genética, é impactada com as escolhas e hábitos de vida - e no caso dos homens a falta de cuidados com a própria saúde é um fator muito relevante.

Por isso, Fernanda Carvalho avalia que outro ponto importante desse mês de conscientização é a educação das novas gerações. “Fazer com que os meninos também aprendam, assim como as meninas, a conhecer o seu corpo. A identificar se tem uma coisa que não tá legal, que está errada, e buscar atendimento médico ou questionar a mãe e dizer que está sentindo alguma coisa. Precisamos evitar essa máxima de que o homem não sente dor ou não precisa se cuidar, só na hora que está num estágio muito avançado”, avaliou. 

Começa nesta segunda (1º) nova etapa da vacinação contra febre aftosa

Crianças de até 9 anos estão adoecendo mais por vírus respiratórios

A Sociedade Brasileira de Cardiologia revela que mais de dois terços dos homens que morrem do coração têm diabetes e acima de 80% das mortes por diabetes estão relacionadas a problemas cardíacos e renais, ou seja, vasculares. Além disso, a sobrevida média depois que um homem tem o primeiro infarto é de cerca de 8 anos.  

Outro problema de saúde que mata muitos homens é o câncer de próstata, que segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), só em 2019 ocorreram 15.983 mortes decorrentes da doença. Além disso, a estimativa de novos casos está em 65.840 (para o ano de 2020, que são os dados mais recentes), correspondendo a 29,2% dos tumores incidentes no sexo masculino.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, o câncer de próstata é o tipo mais comum entre os homens e é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata.

A única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos. Diante disso, a indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspectos, como estado de saúde atual, estadiamento da doença e expectativa de vida.
 

Fonte: Brasil 61

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »