Platão e a Ciência Política “Ele foi o primeiro e talvez o último (ser), a sustentar que o estado deve ser governado não pelos mais ricos, os mais ambiciosos ou os mais astutos, mas pelos mais sábios.”
Por quem deve ser governado o Estado ( Município, Estado e União)? Estaria Platão certo em sua proposição? Se estiver certo, seus ossos devem estar se tremendo todo em saber o que está acontecendo nos mais diversos rincões de nossa nação. É cada coisa que aparece como candidato… cada nome… cada figura...
Em toda a história sempre surgiram os políticos salvadores da pátria, os paraquedistas que querem saltar no meio do fogo e apagar uma floresta inteira em chamas com uma garrafa pet. O problema é que a história mostra que estes políticos não faz futuro. Político, como qualquer outra profissão requer vocação. Muitas pessoas entram na política pelo motivo errado: uns por que querem um emprego; outros por que veem facilidade em enriquecer ilicitamente; outros por que juram que tem a solução para salvar o mundo do caos com um passe de mágica; somente alguns poucos que entram por vocação, destes últimos que separar os que são honestos e os desonestos. Então, perceba, fica uma pequena margem de gente boa para fazer a coisa toda dar certo.
A política é uma ciência, e os seus atores precisam se enquadrar no sistema, que hoje privilegia a corrupção. Para se vencer uma eleição é preciso alcançar a ampla maioria dos votos, por isto, é preciso fazer acordos, nestes acordos é preciso ser maleável, negociador, longânimo. Para que ocorra o join (alianças), dos partidos é preciso fazer promessas, entregando secretarias e ministérios e cargos importantes para grupos muitas das vezes antagônicos em suas ideias e princípios, logo, é necessário negociar princípios e valores. Desta forma o candidato se vê negociando valores que até então ele nem imaginava que iria negociar. Com pouco tempo ele já está condicionado pelo sistema que ele jurava que iria sarar.